No dia 9 de fevereiro, duas francesas surdas Jessica Boroy e Pauline Stroesser visitam a sede da Feneis de São Paulo para conhecer o trabalho do Coordenador Nacional de Acessibilidade para Surdos da Feneis Prof. Neivaldo Augusto Zovico que luta para garantir os direitos dos surdos através de diversas formas de comunicação.
Pauline Stroesser, educadora especializada e Jessica Boroy, desenhista grafica trabalham no projeto “Mil Mãos em Um Mundo” juntamente a Marlene Varerin, Gerente de Comunicação. O planejamneto é viajar para quatro paises da America do Sul: Brasil, Argentina, Chile e Peru, em três meses para conhecer melhor a Educação de Surdos nas Escolas e também Acessibilidade para a comunicação dos surdos onde vão registar o historico da viagem a America do Sul.
No encontro estiveram Jessica, Pauline, Prof. Neivaldo e Eduardo que é assessor da Feneis SP, o prof. Neivaldo passou as informações sobre a os projetos de acessibilidade e as solicitações junto o Governo Federal, Estadual e Municipal que visam o direito de comunicação e também o direito na escola de surdos.
O professor Neivaldo apresentou a legislação vigente no País que atende a população surda. Explicou que no Brasil a Libras é uma língua oficial através de uma lei que foi aprovada no ano de 2002 e que também existe a Lei de Acessibilidade do ano de 2000, e também a Norma da Prestação de Serviços de Comunicação da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – que prevê a necessidade de interprete de LIBRAS ou equipamento para a comunicação dos surdos em determinados lugares que atendem população e consumidores em geral, pois o Brasil tem 5,7 milhoes de surdos.
Foi relatado também o recente momento histórico em que surdos, professores e familiares saíram às ruas para passeata em uma das mais importantes avenidas de São Paulo, Av. Paulista, para manifestaram contra o fechamento e transformação de Escola para Surdos em Centro de Apoio aos Surdos.
As francesas dizem que o avanço de trabalho para surdos está se desenvolvendo cada vez mais, e também relataram que na França o TS – telefone para surdos em lugares publicos não existe.
O professor explicou que antes de chegar a internet, os surdos comunicavam mais pelo TS, mas agora os telefone para surdos estão sendo utilizados cada vez menos, preferem celulares.
As duas visitantes comentam que a sociedade brasileira, Governos e autoridades, infelizmente ainda não conhecem a cultura surda e que aqui dificilmente se vê falar dos Surdos, usam apenas o termo deficiente auditivo, sem saber que surdos e deficientes auditivos são diferentes.
O certo é que as características culturais do sujeito Surdo são diferentes do Deficiente Auditivo, principalmente quando falamos em acessibilidade, uma das principais diferenças é o uso da Libras – Língua Brasileira de Sinais, isso deve se tornar de conhecimanto da sociedade brasileira.
Ao final da reunião as visitantes receberam material sobre acessibilidade para surdos, cartilhas e revistas da Feneis, momento para fotografias e filmagem das instalações da Feneis.
fonte : Neivaldo Zovico
Coordenador Prof. Neivaldo passando informações sobre acessibilidade para surdos e mateirais impressoa como cartilhas e normas de ABNT demonstrando quais são as dificuldades para os surdos. Na foto as francesas Jessica e Pauline e também a amiga brasileira Luciana.
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